NOME
POPULAR DA ESPÉCIE:
O Uirapuru-laranja é uma ave das mais bonitas que eu já vi até o momento.
O macho da espécie reúne cores vibrantes de laranja e amarelo-ouro que contrastam com o preto das asas e cauda e as pequenas manchas brancas na asa e base da cauda. Os olhos são bem redondos de uma cor branco-amarelada bem clara e viva que dá um destaque a eles.
A fêmea por sua vez possui o mesmo tipo de olho,
porém em sua plumagem predomina a cor amarela, sendo amarelo-ouro mais claro no
uropígio, ventre, peito e garganta e um amarelo esverdeado mais escuro no
dorso, asas, cabeça e cauda.
Minha história com para observar esta ave na natureza e de bastante procura, é claro que no caso eu procurava e o Uirapuru me deixando com um gostinho amargo na boca, aquele que nos remete a mensagem de “fica para próxima oportunidade”. Eu já havia avistado o macho, porém, o que eu sempre quis foi fazer um belo registro fotográfico desta espécie para minha coleção de fotos de aves.
A primeira vez que vi a espécie foi em Corguinho/MS, fomos convidados pelo amigo Roberto Kelsson para passarinhar com ele na Fazenda Anhuma, de propriedade de seu avô. Fomos eu, Roberto e o Guilherme Carlucci, viajamos aproximadamente 100 km para chegar ao local e foi uma ótima passarinhada em boa companhia.
Chegamos lá e fomos direto para a mata ciliar e o Roberto colocou o playback da ave e logo ele respondeu, havia dois machos que ficavam indo e voltando entre duas árvores, o principal detalhe era que pousavam bem em nossa frente em galhos sem muita folhagem para atrapalhar o registro. Não haveria problema algum para o registro, a não ser a minha câmera era uma superzoom, de aproximação óptica de 35x e a danada não deu conta de cravar o foco na ave, ou seja, eles foram embora e eu não consegui tirar nenhuma foto para registro. Isso aconteceu em 2013. Neste mesmo ano fomos novamente ao local, mas agora estávamos em um bando passarinheiros, me lembro do Marco Antônio Lemos, Carlos Iracy, Guilherme, Francisco Neto, Roberto e eu.
O uirapuru apareceu novamente, bem escondido nas folhagens e por somente alguns minutos e, pasmem, tive o mesmo problema, a câmera não conseguiu fazer o foco. Novamente voltei para casa sem o registro desta belíssima espécie.
Passou algum tempo, já em 2014, fomos passarinhar em Terenos/MS. Antes de chegar ao local, ainda no município de Campo Grande, ouvimos o chamado do Uirapuru-laranja e ele apareceu novamente, um casal, mas foram tão rápidos nas trocas de galhos que eu não consegui registrar também, ai já não foi o problema da câmera não fazer o foco, já estava com um equipamento melhor e mais moderno, mas acredito que o problema foi à lentidão do operador do botão do obturador.
Fui ao local novamente pelo menos umas 10 vezes, com playback e disposição e nada dele dar o ar da graça, então um belo dia apareceu à fêmea, fiz a foto mais não ficou muito boa, pois o local estava escuro e já era tarde, com pouca luz solar. Isso já foi em 2014, 2015 e 2016:
Contentei-me com a foto da fêmea para registro da
espécie, porém, a beleza do macho ainda me incentivava a busca-lo para fazer
seu registro. Noutra oportunidade, já em 2017, estávamos em três pessoas, Celso
Almeida, Marco Antônio Lemos e eu. Fomos até o local onde o Marco havia
avistado e registrado o macho. Chamamos por alguns minutos e logo apareceu
muito arisca a fêmea estava magnífica (Foto acima da descrição da fêmea no inicio da postagem), registramos, porém, nada do machinho
aparecer.
Apareceu outra oportunidade durante ao feriado de 12 de outubro agora em 2017, aqui no Mato Grosso do Sul é uma feriado prolongado devido ao fato de dia 11 marcar a data “Divisão do Estado” do antigo Mato Grosso, passando a ser Mato Grosso, ao norte e, Mato Grosso do Sul. Fui sozinho neste dia e cheguei ao mesmo local aonde vimos à fêmea, coloquei o Playback e nada, na volta pela trilha, meu celular caiu do bolso e eu não percebi, ou seja, prejuízo! Mais são coisas que é sujeito acontecer quando estamos na natureza em busca de ver seus encantos.
Então, ainda durante o período deste feriadão de outubro, no dia 14, fomos Michel Machado, Fabyano Costa e eu. O Fabyano me disse que iria me apresentar o “Bira”, nome que ele deu ao macho que mora ali na região. Seguimos no mesmo local, porém em uma trilha diferente, ele colocou o playback uma vez e o Bira veio e ficou em nossa frente, ai meu amigo, eu consegui meu tão sonhado registro.
"Bira"
Observar aves é isso, requer paciência e
perseverança, algo como pescar, a diferença é que em algumas pescarias não se
pega nenhum peixe, na observação de aves ao menos um Canarinho você registra.
Mas pescar também é muito bom para quem gosta!
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